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«Um livro que propõe uma interpretação muito bem fundamentada das causas e das consequências do actual programa de ajustamento financeiro, desafiando a visão indigente e deturpada da Troika e do coro de comentadores que com ela alinham. Uma crítica devastadora da forma como foi concebido e como tem sido executado o programa português, propondo alternativas para o futuro».
JOÃO FERREIRA DO AMARAL, economista, Professor catedrático aposentado do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa

«O presente livro vem animar as controvérsias acerca do programa de ajustamento imposto a Portugal pela Troika. Enfileira no grupo dos que criticam vivamente aquele programa e dos que sustentam que, para se sair da crise, se deverá ir por caminhos radicalmente diferentes dos que têm estado a ser percorridos. Fá-lo com base numa análise de elevada qualidade técnica e com melhor fundamentação do que a maioria dos que advogam posições semelhantes».
JOSÉ DA SILVA LOPES, economista, ex-Governador do Banco de Portugal, ex-Ministro das Finanças e do Plano e ex-presidente do Conselho Económico e Social

«A recusa da opressão, da desvalorização económica e da destruição social faz-se com ideias e com ação coerente. E com opções claras. Este é um livro de análise profunda, pensamento original e propostas mobilizadoras. Há, pois, alternativas».
JOSÉ REIS, economista, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

«Assumindo, empenhadamente, o seu contributo para a construção de programas alternativos às atuais políticas, os autores analisam, com verdade, origens, causas, responsabilidades e consequências dos problemas que estão a tolher o nosso futuro coletivo. Este exercício é primordial para que os cidadãos não fiquem prisioneiros do "falso moralismo" e da "autoculpabilização" a que vêm sendo sujeitos e situa-nos nos desafios que é preciso encarar e assumir».
MANUEL CARVALHO DA SILVA, sociólogo, Coordenador do Observatório sobre Crises e Alternativas 

«Estão de parabéns os autores deste livro, que contém uma análise qualificada e fundamentada das causas da crise e avança com reflexão e propostas credíveis para uma política alternativa ao caminho da austeridade. E bem sabemos como a questão da credibilidade das alternativas é essencial à recuperação da esperança e à mobilização para uma acção colectiva eficaz»
HENRIQUE SOUSA, membro da Comissão Organizadora do Congresso Democrático das Alternativas, da Comissão de Auditoria Cidadã da IAC e Presidente da Assembleia Geral da ATTAC Portugal

«Para reagir à crise é preciso compreendê-la. Este livro ajuda-nos a entender o que mais importa. Este livro mostra-nos também que não há resposta à crise sem escolhas difíceis: sair da austeridade e do memorando, ou insistir cada vez mais no mesmo; renegociar a dívida, ou perder tudo para pagar até o último cêntimo; aceitar o euro tal como existe sem fazer perguntas, ou preparar saídas».
JOSÉ MARIA CASTRO CALDAS, economista, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

«Acabei de ler este livro e pensei: muitíssimo bem escrito, de uma clareza e rigor impressionantes, a ler obrigatoriamente por todos os que querem compreender como é possível termos caído neste poço sem fundo de uma crise que só é agravada pelas respostas que lhe estão a ser dadas. A ler por todos os que querem dotar-se de instrumentos para impor à crise respostas de vida, e não desta morte lenta (quando é lenta…).
Mas agora que a leitura pousou, acho que este livro é mais do que isso, pelo menos por duas razões.
Em primeiro lugar, porque ele é também um tributo à escola pública e democrática, e em particular a um ensino superior universal e gratuito, que apostou em formar a geração dos autores aqui representada. Assusta-me pensar que a sociedade que esta crise está a construir é em tudo contrária ao pensamento crítico e de qualidade que este livro vem mostrar que está vivo e actuante, mesmo que a pobreza e o afunilamento do debate público nos faça duvidar disso.
Em segundo lugar, porque este livro é também um tributo ao exercício da cidadania e da cooperação (sim, há mais mundo do que o «empreendedorismo» e a «competição»… e funciona). Uma cidadania que não é efémera, antes visando um duplo futuro: o da capacitação para a acção que imponha uma sociedade decente e o do legado documental de um livro que será, como me disse um leitor a quem só li o índice, um testemunho para as próximas gerações de que, “no meio disto tudo, não éramos todos parvos”.»
SANDRA MONTEIRO, directora do Le Monde diplomatique – edição portuguesa: